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  Príncipes encantados, cavalos brancos, espadas, castelos e dragões. Ah, besteira! No final te aparece um cara que de encantado não tem nada, montado num jegue, e apenas com uma rosa na mão. Te promete um barraquinho na favela, e mata uma barata, se ela aparecer. Romantismo, frases feitas, o luar e o pôr do sol... Que nada! Ele vai te falar coisas como ''pega uma cerveja pra mim?'', olhar nos teus olhos e dizer que te ama da forma mais desajeitada possível. Vai te fazer ver o luar enquanto deitados na cama, e quando o pôr do sol surgir, será a hora de dormir. (...)
  Parei de acreditar em certas coisas que devem ficar apenas na lembrança da infância. Sapos que viram príncipes, dragões enfeitiçados por uma bruxa e florestas encantadas. Disso tudo eu já cansei. Gosto bem mais do que tô vendo agora. Esse improviso, esse aperto de mão. O amor fora de hora, e a simplicidade que tudo isso tem. Você se cansa uma hora de todas essas coisas clichês, e vê que deitar numa noite fria, ver um filme até cair no sono sentindo o cheiro daquela tal pessoa... É bem mais importante. Vou parar de esperar o 'e foram felizes para sempre', e acreditar no eles são felizes. Enquanto dizem que com o príncipe eu não tenho nada a ver. O outro, 'foi feito pra mim'. De que importa o tempo, de que importa as promessas, de que importa esse amor tão supérfluo, quando há certas coisas que bastam um minuto pra se tornarem eternas. E verdade seja dita: o príncipe encantado já perdeu a graça, o cavalo nem é tão mais bonito, os castelos só vão te dar mais trabalho, e o resto, é só história fiada. Torne o espetacular em simples, dai vai saber o que é realmente importante, bonito e profundo.
─ Priscilla Martins


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