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Tive vontade de chorar, mas me contive. Vontade de dizer, mas me calei. E por diversas vezes, segurei firme minha revolta pra parecer normal. Me pergunto por que ainda me impressiono com certas coisas e me assusto com as pessoas e com o estrago que elas fazem todos os dias. Algumas vezes até me surge uma vontade quase que maligna de jogar alguém numa sala escura, tapar a boca e amarrar os braços pra que me escute. Será que não entenderam ainda? Ninguém é perfeito! (...) Dai eu diria que aquele mesmo defeito que elas apontam e esfregam tanto na cara dos outros, corrompe elas também. Diria que ninguém aqui, tem como propósito agradar quem olha e escuta. Falaria as vezes que ela errou, e apontaria com ênfase as vezes que ela caiu, pra mostrar que todo mundo tem fraquezas. E diria também, que há coisas melhores a se fazer, a se pensar, a se olhar e a se criticar nesse mundo (...) Depois de tudo, eu a soltaria. Taparia minha boca, amarraria minhas mãos e esperaria minha vez. Afinal, um tapa na cara, ou um choque de realidade, não cairia mal a ninguém.
─ Priscilla Martins 

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